Um homem estava desempregado.
Um dia, aceitou trabalhar num circo, fazendo o papel de gorila.
Usando uma fantasia de King Kong, teria que fazer gestos, trejeitos, virar cambalhotas, coçar-se, enfim, fazer tudo o que faz um gorila de verdade.
Treinou bastante, fazendo acrobacia e saltando, inclusive, por cima da jaula do leão.
No ensaio, tudo saiu muito bem. – “Vai ser um sucesso” – pensou.
Chegou a hora do show.
O circo estava lotado.
Luzes, assobios, aplausos... nosso amigo, o gorila de mentira, entrou em cena.
Tal como nos ensaios, rodopiou no ar pra lá e pra cá.
A certa altura, porém, cometeu um pequeno erro de cálculo ao saltar sobre a jaula do leão e... caiu lá dentro!
Cara a cara com o rei dos animais, começou a gritar histérico e tomado de pânico:
— Socorro, socorro!!!
A multidão ficou de pé e de olhos arregalados, fez completo silêncio.
O leão veio se aproximando de mansinho...
— Socorro, socorro!!! — Gritava o gorila desesperado, já esperando o pior.
O leão veio chegando, chegando e cochichou enérgico para o gorila:
— Cale essa boca, seu bobalhão, senão nós dois vamos perder o emprego.
É impossível fingir o tempo inteiro.
Não conseguimos por muito tempo exibir do lado de fora o que não somos do lado de dentro.
“Pois nada há encoberto que não haja de ser manifesto, e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto.” (Marcos 4:22)
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